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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Estão Todos Bem

estao todos bem

 

O filme “Estão Todos Bem” fala sobre uma família que tem um pai que exige muito dos quatro filhos. Para este pai, não bastava que o filho fosse um músico, tinha de ser o maestro da orquestra. Cada um dos filhos precisava ser “o mais”, “o melhor” ou “o cara” na profissão que escolhesse.

Como já era de se esperar, a maioria dos filhos não consegue ser grande o suficiente como o pai queria. É perceptível a frustração e a vergonha dos filhos de dizer o que realmente são. Ao mentir para o pai, eles tentam evitar desiludi-lo e também fugir de mais um sermão de como deveriam ter se esforçado mais para ser o melhor.

Quando o pai percebe que durante a vida toda fez pressão e exigiu em demasia dos filhos é tarde demais. O estrago já estava feito. Não o físico, falo do psicológico. Um dos filhos se envolve com drogas e morre de overdose. Na minha opinião, foi o pai que matou o filho. Claro que não o matou fisicamente depois de adulto, mas matou o psicológico quando ele era criança.

Vocês não sabem o quanto é estranho ser bom em determinada atividade, saber disso e não ter o mínimo prazer quando alguém lhe elogia. “Eu não fiz mais do que a minha obrigação.” Vocês não sabem o que é ser melhor que muita gente, saber disso, mas se sentir um lixo.

Na minha opinião, o nome do filme é uma mentira daquelas que contamos para não preocuparmos outra pessoa. De frente ao túmulo da esposa, o pai diz “Estão Todos Bem” se referindo aos filhos. Acho que ela não acreditou muito nesta resposta porque pouco tempo atrás um de seus filhos foi morar com ela. Mas é o que nós respondemos quando alguém pergunta “Como está o pessoal?”.

Este é um filme que fala sobre distância, traumas e arrependimento. E também de como a vida continua apesar dos pesares.

Eduardo Franciskolwisk

Um comentário:

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