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sábado, 30 de março de 2013

A vida te derruba

tropeço

Na última formatura da temporada 2013, fiquei responsável pela entrada das pessoas no evento. Com convite a pessoa entrava, sem convite, não. Vários seguranças ficaram comigo na linha de frente ajudando na recepção e no controle do pessoal.

Neste dia, o baile de formatura estava marcado para as 22:00 horas, momento em que a portaria seria liberada para a entrada dos convidados. Quando eram, aproximadamente, 21:50 horas, chegou um ônibus que vinha de outra cidade e dele desceram várias pessoas.

Algumas mulheres que desceram do ônibus, precisavam ir ao banheiro, mas ao tentar entrar no salão, foram barradas pelos seguranças. A ordem é não deixar ninguém entrar antes da liberação da portaria, pois se abrir exceção para alguém vira zona, todos vão querer ser exceção.

Uma das convidadas, uma mulher de uns 45 anos, ficou toda nervosinha e começou a fazer um “barraquinho” lá fora. E soltou esta:

— Quem manda aqui sou eu!

Como tem gente sem noção neste mundo, não? A mulher vem de outra cidade, não conhece ninguém e quer mandar? Só porque pagou algum valor? Isto é ataque de “estrelismo”, complexo de superioridade e eu não tenho muita paciência para isso. Como a noite estava apenas começando, deu pra aguentar.

Quando a portaria foi liberada, a chata foi a primeira a entrar. Me deu o convite e eu fiz questão de dizer “Boa noite” como se nada tivesse acontecido, só pra ver a reação dela. Ela não respondeu e entrou. Para mim a noite continuou normal, aquela seria só a primeira sem educação de vários que viriam.

Horas depois, quando todos os convidados já tinham entrado e a portaria estava mais calma, um dos seguranças veio conversar comigo e me disse que a mulher que tinha feito o “barraco” lá na frente tinha levado um tombaço alguns metros atrás de mim. Em outras palavras: ela não viu o degrau, mas viu o chão!

Eu fiquei muito feliz em saber desta notícia. Todos nós ali da frente ficamos. Eu não vi quando ela caiu, mas queria muito ter visto. Quem viu se divertiu e vibrou a beça. Na verdade até eu que não vi me diverti. Achei muito engraçado. Estou rindo até hoje quando lembro.

A lição que podemos aprender com esta mulher é que não precisamos derrubar ninguém. A vida derruba para você. Literalmente.

Se você tem a mania de se achar o bom, o mandachuva do pedaço, o bonitão da bala Chita; é melhor pensar duas vezes antes de cantar de calo para cima de alguém. Tenha cuidado, pois a vida te derruba.

Eduardo Franciskolwisk

domingo, 10 de março de 2013

O Simbolismo da Chave

chave simbolismo

Semanas atrás, recebi uma chave. Uma simples chave: normal, de metal como qualquer outra, usada para abrir portas e portões. E, é importante dizer, para trancá-los também.

Durante toda a minha vida, sempre me senti mal ao receber uma chave. Sinto uma certa insegurança em relação ao futuro, pois penso que a chave irá mudar o meu destino. Imagino também se esta chave me trará sorte ou azar e me pergunto se “com ela me acontecerão mais coisas boas ou ruins?”.

Ao receber aquela chave, tive a sensação de que minha vida mudaria para sempre. Esta chave seria um divisor de água para mim?

O símbolo da chave é duplo: abertura e fechamento; trancar e destrancar. A chave abre e fecha portas. Isso é óbvio! Mas deixa de ser tão óbvio quando as portas as quais nos referimos são os sonhos, os sentimentos e a imaginação.

Posso com ela trancar o passado e abrir o futuro? Esta é a minha questão pessoal mais crucial. Sempre me prendi ao passado e tenho medo do futuro.

Ao receber uma chave nova, minha intenção sempre é, por um momento, recusá-la, mas depois de pensar tudo o que escrevi acima, eu me lembro de que é apenas uma simples chave.

Eduardo Franciskolwisk

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