Conhecendo o Leitor

Quero saber mais sobre você!

sábado, 31 de maio de 2014

Indecisão

indecisao

Meus óculos já estão meio velhos, por isso fui ao oftalmologista para ver se precisaria aumentar o grau deles. Sim, aumentou 0,25 de miopia. Como a armação dos meus óculos já é antiga e está machucando o meu nariz por ser um pouco pesada, designei a mim mesmo a missão de encontrar uma armação nova. Pois bem, a quantidade de modelos é ilimitada. Existem tantos modelos que eu não sei qual comprar, fica difícil escolher apenas um.

Neste caso, eu sei quais são os modelos que eu não quero, mas nunca sei qual eu quero. Se são 5 os modelos que eu gosto e preciso escolher apenas 1, meu Deus, que agonia! Simplesmente não sei qual por qual optar. De um eu gosto mais do preço – é mais barato; o outro é mais leve – não vai machucar tanto o nariz; o outro é mais leve que o leve – mas a armação não é tão forte. Tudo isso me faz ficar confuso e indeciso. Não consigo escolher apenas um e quando escolho, fico com a sensação de que não fiz a escolha certa e que algo vai dar errado. Então, para evitar esta sensação, eu escolho não escolher.

Outro caso é o shampoo ( ”Na cabeça shampoo, lave bem o seu... pé!” ). Fui ao supermercado comprar um frasco, mas eu queria mudar, comprar outro com um cheiro diferente, mesmo que fosse da mesma marca. Quando fiquei de frente com a gôndola... Tinham tantas opções, mas tantas opções que eu não me senti seguro em mudar. Um era para cabelo liso, outro para cacheados, outro tem um negócio de frizz, outro é perolado e eu gosto de shampoo transparente. Cheirei todos, mas não consegui escolher nenhum. Então, comprei o que sempre compro. Foda isso, viu? Mas foda mesmo é essa minha preocupação com shampoo, sendo que eu sou praticamente careca.

Já com as mulheres é um caso parecido. Há tanta opção no mercado que eu não sei qual levar para casa. E eu não sou desses que costumam usar amostra grátis. Usou, gostou, fica um tempo, depois troca. Ou usou, abusou, mas enjoou fácil, joga fora. Ou usou uma vez e não deu certo, vamos para a próxima! Escolho uma e me mato naquela. Vou morrendo aos pouquinhos...

Há tantas mulheres bonitas e legais que eu tenho medo de escolher uma e não poder usufruir de outras porque na minha cabeça é errado. Há também as feias e legais, as bonitas e chatas, etc e tal. Existe até as feias e chatas, mas vamos deixá-las para lá... Tem tantas opções por aí, que eu não sei como começar a conhecer nenhuma. Contraditório não? Tem várias mulheres para eu escolher e eu escolho não escolher nenhuma com medo de escolher errado.

O que eu quero dizer é que não importa quem eu escolha, um dia eu vou acordar e pensar “ eu deveria ter escolhido outra?”. Aí, fico com peso na consciência e não sou muito bom em dar fora. Solitários não sabem dar fora em ninguém de forma que não magoe, mas é possível terminar com alguém sem haver mágoa? Para evitar isso me esquivo de relacionamento. Eu sempre vou achar que fiz a escolha errada e que a grama do vizinho é mais verdinha que a minha. O que está nos meus sonhos, na minha imaginação nunca condiz com a realidade, sempre está aquém do que imagino. Ninguém nunca chega aos pés do que eu imagino. E quando eu abro uma exceção, sou eu que não chega aos pés do que a mulher imagina.

Além de eu demorar a escolher, há um detalhe básico: ela precisa me escolher também. Detalhes! E isso nunca aconteceu comigo. Nunca escolhi quem me escolheu. Isto é o que mais me desanima na vida.

Então, sou indeciso porque não sou lá muito bom em fazer escolhas. Escolher é fazer opção entre 2 ou mais coisas. Ou pessoas. Escolher é manifestar preferência por algo. Ou alguém. Escolher é separar o bom do ruim e ficar com o melhor para você. Quando não conseguimos fazer esta opção e ficamos sempre entre 2 caminhos, somos indecisos. Sou indeciso porque não consigo peneirar o bom do ruim por medo de me arrepender e não conseguir voltar atrás depois.

A minha indecisão demonstra a minha incrível habilidade de escolher tudo quando, na verdade, preciso escolher um só. E o meu sofrimento não é ter de escolher somente um, mas sim não poder ter todas as outras opções ao meu dispor. Eu me lamento tanto, que eu acabo ficando perdido.

Agora me respondam, leitores: já inventaram a cura para esta tal da minha indecisão?

Eduardo Franciskolwisk

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Frases Filosóficas Fantásticas

frases filosóficas fantásticas

"Nunca foi sensata a decisão de causar desespero nos homens, pois quem não espera o bem não teme o mal."

(Nicolau Maquiavel)

domingo, 25 de maio de 2014

Letra: Shakira - La la la (Brasil 2014) – Versão em Espanhol – en Español

Esta sim, é a música Oficial da Copa do Mundo – Brasil 2014! We are One não colou e nem vai colar! A Shakira é especial! Não consegui colocar a música aqui no blog, então, se quiser ouvir a música clique aqui.

Letra

Essa bola vai rolar
Mundo é um tapete verde
Quando a bola chega lá
O coração fica na rede, na rede, na rede

Olá! Olá!

La la la la la
La la la la la
La la la la la
La la la la la
Ahora

(Let go, Let go, Let go, Let go)

Todo el planeta es un corazón
Que va al son de un mismo latido
Suena un silbato, pasa un balón
Y el mundo entero lanza un rugido

Aquí se juega como se baila
La pasión que tiene mi gente
Quedan las penas en el olvido
Bienvenidos a mi continente

Ven y deja los miedos
Escribe tu historia
Apenas comienzas
No, no, no pares ahora

La la la la la
La la la la la
La la la la la
La la la la la
Por que no hay otro momento
La la la la la
La la la la la
La la la la la
La la la la la
Que ahora.

Blancos y negros
Verdes y pardos
El país de todos los colores
Aquí se juega como se baila
El Brasil de mis amores

Hay italianos, españoles
Colombianos y todos presentes
Esta es América, la Del Sur
Y aquí sí hay cama
Pa´tanta gente.

Ven entrégate entero
Escribe tu historia
Pon lo eterno en los labios
Y besa la gloria.

La la la la la
La la la la la
La la la la la
La la la la la
Por que no hay otro momento
La la la la la
La la la la la
La la la la la
La la la la la
Que ahora.

Ven entrégate entero
Escribe tu historia
Esto apenas comienza
No pares ahora...

(ahora, ahora, ahora)

La la la la la
La la la la la
La la la la la
La la la la la
La la la la la
La la la la la
La la la la la
La la la la la
Ahora
(Let go, Let go, Let go, Let go)

Letra de música - Lyrics

Shakira - La La La (Brasil 2014) - (The Official 2014 Brasil FIFA World Cup™ Song)

Versão Espanhola – Versión en Español – Spanish Version – Versão em Espanhol

sábado, 24 de maio de 2014

Sobre respostas

resposta

Na maioria das vezes, não gosto muito de responder. Principalmente quando o perguntador não foi comigo um bom respondedor. Dar respostas significa dar informações confidenciais do seu eu, informações estas que podem te colocar numa fria quando você menos espera. Mas dependendo da pessoa, eu respondo.

Para responder é preciso ser inteligente. Talvez seja por isso que muitos se sintam incomodados, inclusive eu, mas às vezes o exercício de pensar no que vamos responder é bom. Como responder àquela pergunta que nos deixou embaraçado sem ferir os sentimentos, mas ao mesmo tempo satisfazendo a necessidade de quem nos pergunta?

Quem pergunta tem necessidade da resposta, caso contrário não perguntaria (óbvio!), mesmo que esta necessidade de resposta seja o simples ato de conversar.

Quando não quero responder, dou um jeitinho não fazê-lo. Posso fingir que não entendi ou falar, falar e falar sem dizer nada (leia-se enrolar). Outra coisa que faço bastante é responder “É...” e “ahã!” sem prestar atenção na pergunta.

Parando para pensar, acho que não gosto de responder porque sempre estou com o pé atrás com as pessoas. Aprendi isso com elas. Por que me expor se isso pode se voltar contra mim no futuro?

Ou pode ser que de tanto perguntar e as pessoas não responderem, comecei a me dar o luxo de também não responder, talvez por desconfiança ou medo, sei lá. Me ferrei legal, pois de tanto fazer isso elas pararam de me perguntar. Como não insisto muito, desisti. Desisto fácil. Parei de perguntar e responder. Aí, eu criei um mundo meu no qual eu fico quase isolado, ou melhor, um mundo paralelo em que eu vivo em sonhos porque doem menos.

Ninguém para perguntar. Ninguém para responder. A solução era perguntar e responder para mim mesmo. Então, eu comecei a buscar dentro de mim respostas complexas para as perguntas mais difíceis: aquelas que eu próprio me fazia e ainda me faço. Talvez isto não seja o mais apropriado, mas é o que me ajuda a seguir em frente quando penso em ceder.

Eduardo Franciskolwisk

quarta-feira, 21 de maio de 2014

domingo, 18 de maio de 2014

Sobre Perguntas

perguntas

É fato que eu gosto muito mais de fazer perguntas do que de respondê-las. Não tenho a menor ideia de como conversar sem fazer perguntas. Na verdade, isto para mim não existe. Na minha opinião, se não há perguntas, não há interesse.

Muitas pessoas reclamam de meus interrogatórios durante meus raros diálogos mais aprofundados. Acho que pergunto tanto que acabo deixando as pessoas desconfortáveis. Eis aí, um dos possíveis motivos pelos quais eu ainda não tenha uma namorada ou de não ter amigos, gente para conversar.

Sempre me reclamam que eu pergunto muito. O que eu posso dizer sobre isso é que não sei conversar sem fazer perguntas. Alguns comentam sobre o tempo, outros sobre futebol; eu começo o papo fazendo uma pergunta.

Da mesma forma que me dou a liberdade de perguntar, dou aos outros a liberdade de também me questionarem – “Me pergunte algo!”.

Ninguém nunca me perguntou com sinceridade “Por que você faz tantas perguntas?”, ou seja, por querer mesmo saber a resposta. No entanto, esta pergunta sempre vem como tentativa de repreensão. Pois bem, devo assumir que funciona. Em 90% das vezes é o suficiente para me intimidar.

Sendo assim, a opção para meus questionamentos é me calar. Sem perguntas, não tenho o que dizer. Se não posso saciar minha curiosidade com a boca, tento fazer isso com os olhos – quieto que é para prestar mais atenção. No entanto, se sou proibido de conhecer alguém através de perguntas, logo perco o interesse. Não tenho paciência de esperar que os outros digam o que quero ouvir na hora que eles bem quiserem porque esta hora pode ser daqui a pouco ou daqui a séculos.

Sou curioso. Pergunto demais para saber mais sobre o assunto ou sobre determinada pessoa. Se as respostas forem interessantes, me envolvo cada vez mais, porém, se não forem o que eu esperava, dou a pesquisa por encerrada e começo tudo de novo com algo que talvez venha a ser mais atraente.

Chamem de interrogatório ou de entrevistas. Faço isso e acho que sempre farei. Pergunto para saber o que preciso, ou seja, para saber se os outros são tão malucos quanto eu. Pergunto e comparo as respostas dos outros com as minhas. Perguntando eu posso saber mais sobre a outra pessoa e assim me armar mais facilmente para o caso de uma futura briga. Sendo assim, eu acho que este é o medo da maioria dos meus entrevistados.

Acho chato pra cacete quando alguém chega para mim e começa a contar histórias que eu não quero saber. Isso é maçante. Me dá vontade de morrer. Se eu não perguntei para que me fazer ouvir? Da mesma forma que os outros se incomodam com minhas perguntas, eles também me incomodam com seus espontâneos comentários modorrentos (que depois viram contos, novelas e, enfim, um romance). Tanto é que eu tenho um dispositivo que finge ouvir as pessoas quando na verdade as palavras estão entrando por um ouvido e saindo pelo outro. Aí, quando ouço alguma parte interessante, paro e pergunto; faço a pessoa repetir. Se eu pergunto, quero saber. Se não pergunto, é bem provável que eu não queira.

O que me incomoda mais é que as pessoas não fazem o mesmo comigo. Ninguém me pergunta nada! Se não me perguntam da minha vida chego à conclusão de que não estão interessadas em mim. Muitas vezes isto me deixa triste!

Eduardo Franciskolwisk

sábado, 17 de maio de 2014

Sobre Conversar

ping_pong

Conversar é como jogar pingue-pongue. Eu jogo a bola pra você e você rebate, devolvendo para mim. Vamos jogando, tentando não deixar a bola cair. Se cair, alguém tem que pegar e começar um novo assunto. E o jogo segue até que algum de nós se canse e feliz pede para que continuemos um outro dia.

Eduardo Franciskolwisk

sábado, 10 de maio de 2014

Convite pela metade

Em um domingo à noite, minha irmã veio aqui para casa e teve uma ótima ideia.

— Vamos pedir uma pizza?

Eu perguntei se ela ia pagar. Ela disse:

— Claro que não! Cada um paga a sua parte.

Ora bolas, eu considerei como um convite – só para irritá-la, diga-se de passagem. Geralmente quando convidamos alguém para sair, seja cinema ou comer fora, por educação temos de pagar a parte do nosso convidado. Caso contrário, a pergunta deveria ser feita de forma diferente:

— O que vocês acham de pedirmos uma pizza e cada um paga a sua parte? – sendo bem clara a intenção de dividir os gastos.

Comentei que ela deveria mudar a forma de “convidar” para evitar futuros mal-entendidos, mas foi a mesma coisa que não dizer nada. Então, como ela gosta de ser a dona da verdade ligou para nossa outra irmã:

— Vem pra cá comer pizza!

Veio a família toda! E lógico que ninguém trouxe dinheiro, afinal de contas “ninguém tinha avisado nada”. Eles também consideraram como um convite. Se é um convite, então, não precisa pagar; deduzimos que estão querendo fazer um agrado para a gente.

Portanto, quando quisermos rachar a conta com alguém devemos deixar isso bem claro no convite:

— É um convite, mas só é válido se você topar rachar a conta.

Eduardo Franciskolwisk

quinta-feira, 1 de maio de 2014

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