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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Meu pai: um exemplo a não seguir


Hoje, estou igual ao Papai Noel na época do Natal: estou de saco cheio!

Vocês não sabem a sensação ruim que eu sinto quase todos os dias ao sair de casa. E eu não estou falando de uma síndrome do pânico propriamente dita. Me refiro ao ato de sair de casa no qual, todas as vezes, tenho que aturar uma pessoa persistente: meu pai.

Para quem não sabe, meus pais são separados desde quando eu tinha 12 anos; hoje, tenho 26. E, se vocês querem saber, isso foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida. Mas há um pequeno detalhe traiçoeiro: meu pai mora na casa de frente à minha.

Todas as vezes que eu saio, abro o portão ou sonho em pôr os pés lá fora, lá está a figura paternal em cima de mim. Seria meigo, se não fosse irritante. Seria bom se ele tivesse sido nosso pai quando precisávamos.

Quando vou para o trabalho, lá está ele tentando ser útil ao fechar o portão.

Quando estou conversando com alguém lá fora, ele aparece na janela e fica me olhando, olhando a pessoa, etc.

Quando entro em casa, ele liga aqui para falar comigo e perguntar o óbvio. Para que perguntar uma coisa que já se sabe?

Ele vigia a gente, faz plantão de 24 horas! Vocês não sabem o que é chegar em casa às 23:30, com a rua deserta, e do nada aparecer um velho correndo desesperado na sua direção. É uma sensação horrível.

Quando eu estava trabalhando, já dava de cara com ele logo de manhã ao abrir o portão. Sabe aquelas caixas surpresas dos desenhos que você abre e pula um palhaço ou uma cobra para te assustar? É quase a mesma coisa. De certa forma isso influenciou para que eu saísse do meu emprego. Vocês não sabem como é ruim trabalhar com um “Acho que eu vou morrer hoje, não estou passando bem!” na cabeça o dia inteiro.

Antigamente, meu pai não dava bola para a gente. Tínhamos que correr atrás dele e, mesmo assim, não adiantava nada. Bem, os conceitos de muitas pessoas mudaram com o tempo. Agora, ele corre atrás da gente e a gente não dá bola para ele. Tentamos evitá-lo. Ou melhor, eu tento evitá-lo; talvez seja bom eu falar só por mim. 

Não é maldade. É questão de saúde mental.

Meu pai, aparentemente, tinha muitos amigos. Qualquer pessoa que eu perguntava “quem era?”, ele respondia: “É um amigo do pai!”. Onde estão esses amigos agora? Não eram amigos, eram colegas de bar, conhecidos. Existe uma frase que gente que bebe adora falar: “Nunca fiz amigos bebendo leite”. Mas e quando a cerveja acabar? Quantos ainda serão seus amigos? Provavelmente, nenhum. Nem vão se lembrar de você. Suspeito que foi o que aconteceu...

Meu pai batia a própria cabeça na parede quando éramos crianças. Tomara que ele tenha parado com isso e percebido que isto não o levaria muito longe, que dava muita dor de cabeça. Ou que hoje em dia, use um capacete.

Ele chorava igual a um nenê quando ficava sozinho comigo. Eu tinha 9 anos e lembro muito bem disso. Isto acontecia de manhãzinha antes de eu ir para a escola. E a minha cabeça entrava em parafuso.

Então, é isso. Pode falar o que quiser. A sua opinião é muito importante para você mesmo. Ela é sua, fique com ela. Não me encha o saco!

Cada um sabe qual caminho que quer seguir: o certo ou o errado. Cabe a cada um de nós notarmos a tempo que escolhemos o rumo errado e nos redirecionarmos para o correto. Porque vai chegar um momento em que não terá como voltar. E daí em diante, será um caminho árduo e solitário.

Por isso, afirmo que meu pai é um exemplo a não seguir.

Eduardo Franciskolwisk


P.S.: Este tempo foi escrito há muitos anos. Então, quem costuma ler o blog pode se confundir um pouco. Hoje, tenho 34 anos e não mais 26. Pensem nesta postagem como uma fenda no tempo. Talvez, a primeira de muitas por aqui. Textos que escrevi e não publiquei ou que comecei a escrever e não terminei.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Novas Regras para Monetização no YouTube - 2018


Em novembro de 2017, resolvi colocar meu blog e um canal no YouTube para ganhar dinheiro: fiz uma conta do AdSense. É por isso que agora aqui no blog aparecem alguma propagandas. Funciona assim, eu disponibilizo o espaço com o meu conteúdo e eles me pagam de acordo com a quantidade de acessos na página ou de cliques nos anúncios.

Quando as pessoas acessam, mas não clicam no anúncio, o AdSense chama de impressão. A cada 1000 impressões, determinada página recebe um valor de mercado que eu ainda não consegui entender como é calculado. Ou seja, se esta página que vocês estão lendo tiver um valor de US$ 0,15 (centavos de dólar) a cada 1000 impressões, significa que quando as propagandas aparecerem 1000 vezes para os meus leitores, eles me pagarão os US$ 0,15. Mas é um pouco complicado, porque eles não pagam só quando chega nestas 1000 visualizações, acontece de eu ter 200 impressões e eles pagarem US$ 0,03. Acontece também da página ter 50 impressões e eles não pagarem nada. Juro que não entendo muito as contas do AdSense. E se o visitante clica na propaganda do anunciante porque achou interessante, o valor que eles pagam é bem mais alto do que o pagamento pelas impressões.

Assim como no blog, também é possível vincular sua conta do AdSense à sua conta no YouTube. É o mesmo caso dos cálculos do blog. Não sei como chegam a um valor, pois há muitas variáveis como: quantidade de “gostei”, engajamento, número de visualizações, etc. Uma forma simplificada de pensar é: quanto mais visualizações o seu vídeo tiver, mais dinheiro você ganhará. Mas não pensem que é muito dinheiro. Para canais e blogs pequenos como os meus, eles pagam centavos de dólar justamente porque a audiência é pequena.

Veja abaixo quanto já ganhei com o blog e com o canal do YouTube.




Há uma ressalva: o Google só faz o pagamento para quem tem mais de 100 dólares na conta. Se neste mês, você não atingiu este valor mínimo, ele se acumulará com os valores recebidos dos próximos meses até o seu saldo atingir os 100 dólares. Só então eles te pagam.


Em pouco tempo notei o seguinte: o canal no YouTube daria mais dinheiro que este blog o qual você está lendo. O motivo é bem simples e eu sempre soube dele: quase ninguém mais lê blogs, a grande massa agora está no Facebook e no YouTube. Outra razão para o YouTube ter mais potencial de dinheiro é que as pessoas, inclusive eu, preferem ver televisão a ler um livro. Portanto, preferirão assistir vídeos de um canal a ler postagens de um blog.

Sendo assim, pensei mesmo em investir mais no canal. Não que eu fosse largar de vez este blog aqui, pois eu acho que sou melhor escrevendo. Sei lá, minha arte não é falar, cantar ou desenhar, minha arte é escrever. E mal, diga-se de passagem! Pensei em comprar uma câmera boa, tripé e escrever roteiros. Imaginei que com vídeos de qualidade e conteúdo seria mais fácil ganhar dinheiro no canal.

Então, o inesperado aconteceu. O YouTube criou uma nova regra para monetizar os vídeos a partir de 20 de fevereiro de 2018. Agora, eles só permitirão que apareçam propagandas nos canais que possuem 1000 inscritos e 4000 horas de conteúdo assistido nos últimos 12 meses. Ou seja, se você tem 1000 inscritos no seu canal, mas não tem 4000 horas (veja bem, não são minutos) de conteúdo visto no último ano, não vai ganhar dinheiro. Se você tem as 4000 horas de exibição, mas não tem os 1000 inscritos, também não vai entrar dindim no seu bolso.

Antes, para que o canal fosse monetizado era preciso ter 10.000 (dez mil) visualizações somando todos os vídeos que existem no canal. O que já não é tão fácil. O canal que faço parte tem as dez mil visualizações, mas vai passar longe dos novos itens requisitados pelo YouTube. Hoje, temos apenas 223 inscritos e míseras 642 horas de exibição de conteúdo nos últimos 12 meses.

Com estes números, ganhamos centavos de dólar por mês. No entanto, mesmo sendo pouco era um incentivo para continuarmos a fazer os vídeos e investir mais tempo e dinheiro no canal, sonhando em um dia ganhar um valor razoável.

Desta forma, como não alcançamos as novas exigências, no dia 20 janeiro vamos ser expulsos da monetização do YouTube. Não vamos ganhar mais nenhum centavo nesta plataforma. Dito isto, só tenho mais uma coisa a dizer:

— YouTube, vai tomar no cu!

Eduardo Franciskolwisk

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