Conhecendo o Leitor

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domingo, 27 de abril de 2014

Projeto ITAMAR de Luz

Projeto TAMAR - Placa

Quando fui para Camaçari – BA, fiquei em um hotel bem legal: grande, confortável e comida livre, tudo incluído, no estilo “coma até explodir”.

Este hotel está localizado em uma praia na qual acontece a desova de tartarugas marinhas. Sendo assim, o Projeto TAMAR está dentro do hotel e este segue uma norma para não prejudicar as tartarugas marinhas: durante a noite a iluminação é pouca para não desorientar os filhotes quando nascem, já que eles seguem a luz do horizonte como referência para chegar ao mar. Desta forma, luzes fortes no continente enganam as tartaruguinhas (que burras!) e as fazem tomar o rumo contrário, ou seja, morte certa. Já as tartarugas fêmeas ficam intimidadas diante de tantas luzes artificiais e voltam para o mar sem botar seus ovos na praia. Após esta pequena aula, posso continuar meu texto.

Pelos motivos acima, durante a noite a iluminação do hotel é precária. Tudo a meia luz ou talvez nem isso. Foi aí que descobri um projeto paralelo ao Projeto TAMAR: é o Projeto ITAMAR de Luz (deve ser lido pelos não caipiras da seguinte forma: “Projeto Ih! Está mal de luz)”.

Todos os que têm insônia ou não conseguem relaxar durante a noite deveriam conhecer o projeto ITAMAR de Luz. Pude perceber que durante a minha estadia no hotel, aquele tipo ralo de iluminação me fazia sentir relaxado e sonolento. Dava vontade de dormir ao cair da noite. Lá, o cansaço vinha às 10 horas da noite. Na minha casa, teoria minha, devido à forte luminosidade, sempre durmo tarde. Aqui em casa todos os cômodos são iluminados com luzes fortes o que pode atrapalhar o nosso organismo, enganando-o, fazendo pensar que ainda é dia. Por isso, o sono só vem com medicamentos para dormir.

Já percebi que em casas de outras pessoas, onde a iluminação é fraca, também sinto o soninho chegar facilmente. Até em festas e boates, a meia luz, fico sonolento e me dá vontade de ir embora dormir. Aí, quando chego em casa, o sono passa. Os músculos que antes estavam relaxados de repente se contraem.

Por isso, lhes apresento com muito prazer o Projeto ITAMAR de Luz. Contra insônia e estresse! Façam parte do projeto: quebrem os computadores, diminuam os watts das lâmpadas de suas casas para o equivalente a “a luz de velas” e tranque as crianças para fora de casa com uma mordaça em cada uma.

O Projeto ITAMAR de Luz é um projeto paralelo ao TAMAR. O primeiro é consequência do segundo. Um não tem nada a ver com o outro. É importante não confundir. Mas os dois juntos fazem bem aos homens e às tartarugas.

Eduardo Franciskolwisk

sábado, 26 de abril de 2014

Frases Filosóficas Fantásticas

frases filosóficas fantásticas

"Não preciso de amigos que mudem quando eu mudo e concordem quando eu concordo. A minha sombra faz isso muito melhor."

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Pessoas Acomodadas

Um dia desses, estava saindo do trabalho às 10 horas da noite, mais ou menos. Descendo a rua, vinha um grupo de moleques de bicicleta no maior gás. Estava escuro devido à iluminação ruim. Na esquina, um carro vinha pela avenida e parou conforme mandava a sinalização. Neste momento passou o primeiro garoto, voando como se a bicicleta fosse um carro de Fórmula 1. Depois de alguns segundos, na mesma velocidade, passaram mais dois meninos. O carro começou a acelerar e eis que surge um retardatário numa bicicletinha pequena demais para o tamanho de seu corpo. A velocidade dele também era absurda. Por um triz o carro não avança sobre o moleque e o deixa estirado no chão, todo estropiado.

— Ou! – gritou o menino inconformado. Após uma pausa, ele continuou – Não sabe brecar, não?

O menino? Nada aconteceu com ele, mas achei engraçado porque imagino que ele também não sabia brecar. Pelo menos eu não vi nenhuma tentativa de frear da parte dele. Eu acho engraçado este tipo de situação: a pessoa pode se salvar brecando a bicicleta e a única coisa que ela faz é gritar dando bronca no outro porque o outro não brecou o carro. É este tipo de gente que, provavelmente, morre atropelado ou de batida em acidente. São pessoas acomodadas!

Na rodovia, já estive em situações onde tentei ultrapassar um carro e não deu muito certo, apareceu outro veículo vindo na minha direção. Eu não podia voltar para a minha faixa, pois estava no meio da ultrapassagem e não dava tempo. O outro carro vendo que eu poderia bater de frente nele, fez “a enorme gentileza” de me avisar isto jogando luz alta em mim. Avisou que eu estava prestes a trombar nele e se deu por satisfeito. Brecar que é bom, nada! Eu me pergunto: será que as pessoas são tão burras assim? Que tipo de ser acha que jogar luz alta é mais eficiente do que brecar?

É... pelo visto algumas pessoas levam a sério a frase “Nóis capota, mas não breca!”.

Tem também as pessoas que ao atravessarem a rua olham para ver se vem carro. E vem! No caso, o carro sou eu. O indivíduo viu que o carro vinha em sua direção e mesmo assim atravessa a rua. O pior é que a pessoa volta o rosto para frente e segue adiante como se nada de ruim pudesse lhe acontecer. Não acelera o passo e nem fica com o olhar fixo no carro para ver se vai dar tempo ou não de atravessar a rua. Segue a vida como se nada estivesse às suas costas prestes a atropelá-lo. Eu, numa situação dessas, ficaria de olho no carro e aceleraria o passo. Estes seres, não. Depois morrem e não sabem o porquê. Devem chegar lá no céu e assustar-se:

— Olha, mas que surpresa! Eu morri! Mas como? Como uma pessoa tão inteligente como eu veio parar aqui sem mais nem menos?

Eu tenho vontade de descer do carro e esbofetear gente assim.

No trabalho também existem pessoas acomodadas. A maioria é assim. Vê que o negócio vai feder e em vez de tomar alguma providência, a única coisa que ela faz é esperar o negócio feder. Aí sim, depois que fedeu, ela vai fazer algo a respeito: reclamar do absurdo que aconteceu. “Minha nossa! Como o ar está fétido! Quem é a anta responsável por isto?!”

Assim são as pessoas acomodadas. Pessoas que deixam o próprio destino nas mãos dos outros. É muita passividade. Eu até tolero, mas tem horas que me irrita muito! Então, passo a torcer para que estas pessoas fiquem bem acomodadas num caixão.

Eduardo Franciskolwisk

domingo, 20 de abril de 2014

Frases Filosóficas Fantásticas

frases filosóficas fantásticas

 

“Dar bons conselhos: as pessoas gostam de dar o que mais necessitam considero isto a mais profunda generosidade.”

domingo, 13 de abril de 2014

Fugindo de casa

fugindo de casa

Toda criança que foge de casa, não quer fugir, ela quer ter seus gostos e mimos feitos pelos outros. Eu, quando criança, adorava bancar o rebelde e qualquer probleminha que tinha em casa, já anunciava:

— Vou fugir de casa!

E, depois, para fazer tortura psicológica com meus familiares, completava:

— E nunca mais volto!

Drama feito, eu corria em direção à porta da rua. Saía de casa sem rumo. A intenção era arrumar um outro local para morar. Mas logo depois de fugir, eu percebia que arrumar uma casa e uma família nova não era tão fácil assim. Eu não tinha para onde ir. Então, eu dava umas voltas no quarteirão para dar tempo deles sentirem minha falta e também de perceberem como suas vidas seriam ruins sem a minha fantástica presença. Aí, preocupados com eles, eu voltava para casa, explicando:

— Eu sei que vocês estão arrependidos e que ficaram com muitas saudades de mim nestes longos 15 minutos. Então, resolvi voltar. Vocês estão perdoados!

No entanto, teve um dia de fuga em que minha irmã mais velha, acho que já cansada das minhas eternas fugas, implorou para que eu não fosse.

— Desta vez é verdade, eu vou embora e nunca mais volto! Nunquinha! – gritei para quem quisesse ouvir.

E saí correndo! Quando já estava na calçada, ouvi minha irmã suplicando:

— Não! Não vá! Espere um pouco!

Parei de correr e ela veio em minha direção!

— Espera um pouco! Não saia daí. – disse ela, voltando para dentro de nossa casa.

Imaginei que ela não quisesse que eu fosse embora. Imaginei que ela tivesse entrado para convencer minha família a fazer as coisas do meu agrado, ou seja, a não me contrariar. Senti que ela realmente gostava de mim. Se tudo estivesse do meu jeito, eu ficaria feliz e não precisaria fugir. Então, aguardei a volta de minha irmã com o acordo de paz.

Momentos depois, ela surge correndo na minha direção. Em suas mãos havia um pedaço de pau, com uma trouxinha amarrada na ponta, igualzinha às dos gibis, dessas que carregamos no ombro.

Então, ela disse:

— Pronto, aqui está! Fiz uma trouxinha pra você. Agora, você pode fugir! Ah! E não volte... Adeus!

Eu fiquei roxo de raiva! E enquanto eu estava bravo, todos riram de mim.

Sempre penso nesta história e sempre concordo que a piada foi boa! Acho engraçado e rio sozinho. Pensei que ela queria que eu ficasse e ela só estava se certificando de que eu tinha todo o necessário para não voltar.

Eduardo Franciskolwisk

domingo, 6 de abril de 2014

Por que pensar em suicídio?

suicidio se jogando de predio

A ideia do suicídio sempre me seduziu. Vira e mexe, é o primeiro pensamento que me vem à mente quando tenho qualquer problema. Talvez eu morra de morte suicidada, não sei prever o futuro, só que depois de tantos anos pensando no assunto sem tabu nenhum, você acaba ficando amigo da ideia e passa a compreendê-la um pouco mais.

O suicídio acabou virando uma opção a mais para mim. É completamente diferente de uma pessoa que nunca pensou em se matar, vai lá e se mata por impulso. É preciso saber que para todos os outros problemas, podemos encontrar uma saída. Para o suicídio, não. É muito irônico: o suicídio muitas vezes é a única solução que encontramos, mas para o suicídio não há solução. Não tem como voltar atrás, não pode se arrepender depois.

Ultimamente, tenho me imaginado bastante em uma cena específica na qual estou sentado na beirada da parte mais alta de um prédio pensando na vida. Só isso, só pensando na vida: no que deu errado e no que deu certo. Se eu quiser me jogar, me jogo. Se eu não quiser, tudo bem.

Então, me fiz uma pergunta: porque esta cena sempre vem à tona na minha cabeça? A resposta é: para ter uma sensação de vida. Vida em meio à morte ou à tristeza. Porque naquele momento uma parte de mim morreu. Uma parte da minha alma deixou de existir, seja na forma de um sonho, uma esperança ou um sorriso.

Então, cheguei à conclusão de que busco a possibilidade da morte para reencontrar a vida.

Eduardo Franciskolwisk

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